ANTROPOLOGIA
Esse termo é usado tanto na Teologia (homem em relação a
Deus), como na Ciência (História Natural da Raça, Psicologia, Sociologia,
Ética, Anatomia, Fisiologia e História Natural).
Somente Deus pode verdadeiramente revelar Deus. Esta
revelação de si mesmo, tão necessária à salvação, encontra-se nas
Escrituras. Da mesma fonte deriva a opinião de Deus sobre o
homem, que é a opinião verdadeira, pois quem melhor pode
conhecer o homem do que o seu Criador ?
Nestes dias, quando as
falsas filosofias representam de modo errado a natureza humana, é
de grande importância que conheçamos a verdade. Assim melhor
poderemos compreender também as doutrinas sobre o pecado, o
juízo e a salvação, as quais se baseiam no ponto de vista bíblico da
natureza do homem.
A ORIGEM DO HOMEM
CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
Hoje em dia, provavelmente nenhuma questão é mais debatida
em diferentes esferas da sociedade do que a origem do homem. O debate
sobre a inerrância das Escrituras acertadamente tem incluído uma discussão
sobre a historicidade da narrativa que Gênesis faz da criação. Muitos pontos
de vista diferentes procuram ser aceitos, alguns defendidos inclusive por
evangélicos.
Evolução significa simplesmente uma mudança em qualquer
direção. Mas quando essa palavra é usada para se referir às origens do
homem, seu significado envolve a origem com base em um processo
natural, tanto no surgimento da primeira substância viva quanto no de novas
espécies.
Essa teoria afirma que, bilhões de anos atrás, substâncias
químicas existentes no mar, influenciadas pelo Sol e pela energia cósmica,
acabaram unindo-se por obra do acaso e dando origem a organismo
unicelulares. Desde então, vêm se desenvolvendo por intermédio de
mutações benéficas e de seleção natural, formando todas as plantas,
animais e pessoas.
EVOLUÇÃO TEÍSTA
Afirma que Deus direcionou, usou e controlou o processo da
evolução natural para “criar” o mundo e tudo o que nele existe.
Normalmente, essa visão inclui as seguintes ideia:
Os dias da criação de
Gênesis 1, na verdade, foram eras; o processo evolutivo estava envolvido na
criação de Adão; a Terra e as formas pré-humanas são extremamente
antigas.
CRIAÇÃO ESPECIAL
Ainda que existam variantes no conceito de criacionismo, a
principal característica desse ponto de vista é que ele tem a Bíblia como sua
única base. A ciência pode contribuir para nosso entendimento, mas jamais
deve controlar ou mudar nossa interpretação das Escrituras para acomodar
suas descobertas.
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação
especial, que significa que Deus fez cada criatura "segundo a sua
espécie". Ele criou as várias espécies e então as deixou para que
se desenvolvessem e progredissem segundo as leis do seu ser. A
distinção entre o homem e as criaturas inferiores implica a
declaração de que "Deus criou o homem à sua imagem".
A Bíblia claramente nos ensina que o homem foi uma criação
especial de Deus. Nunca existiu uma criatura subumana ou um processo de
evolução. Gênesis 1:26-27: “...Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”
Os criacionistas possuem diferentes pontos de vista em relação
aos dias da criação, mas para alguém ser um criacionista é preciso acreditar
que o registro bíblico é historicamente factual e que Adão foi o primeiro
homem.
Embora a Bíblia não seja um livro exclusivo de Ciência, isso não
significa que ela não seja precisa quando revela verdades científicas. Com
certeza, tudo o que ela revela sobre qualquer área do conhecimento é
verídico, preciso e confiável. A Bíblia responde a todas as perguntas que
desejamos fazer a respeito das origens, o que ela revela deve ser
reconhecido como verdade.
Somente o registro bíblico nos dá informações precisas sobre a
origem da humanidade. Duas características principais do ato da criação do
homem destacam-se no texto.
Foi planejada por Deus (Gênesis 1:26); Ocorreu de forma direta,
especial e imediata (Gênesis 1:27; 2:7) Imago dei (A Imagem de Deus no
Homem).
Da mesma forma que se discute a origem do homem, discute-se
também o propósito da criação do mesmo, de todas as criaturas que Deus
fez só de uma delas, o homem diz-se ter sido feita “à imagem de Deus”. O
que isso significa ?
Podemos usar a seguinte definição: O fato de ser o homem à
imagem de Deus significa que ele é semelhante a Deus e o representa.
Quando Deus diz: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança”, isso significa que ele pretende fazer uma criatura
semelhante a si. As palavras hebraicas que exprimem “imagem” e “semelhança” se referem a algo similar, mas não idêntico, à coisa que
representa ou de que é uma “imagem”. A palavra imagem também pode ser
usada para exprimir algo que representa outra coisa.
Os teólogos gastam muito tempo tentando especificar uma
característica do homem ou bem poucas delas, em que se vê
primordialmente a imagem de Deus. Alguns já cogitam que a imagem de
Deus consiste na capacidade intelectual do homem, ou no seu poder de
tomar decisões morais e fazer escolhas voluntárias.
Outros conceberam que a imagem de Deus era uma referência à
pureza moral original do homem, ou ao fato de termos sido criados homem e
mulher, ou ao domínio humano sobre a terra.
Dentro dessa discussão, melhor seria concentrar a atenção
primeiramente nos significados das palavras “imagem” e “semelhança”.
Esses termos tinham significados bastante claros para os primeiros leitores :
IMAGEM - (no Hebraico = Tselem; no Grego = Eikon; no Latim =
Imago) significa: molde, modelo, imagem, representação. Uma
representação formada, concreta.
SEMELHANÇA - (no Hebraico = Damuth; no Grego = Homoiosis;
no Latim = Similitudo) significa: similitude, semelhança. Uma similaridade
abstrata, imaterial, ideal.
Embora alguns venham tentando fazer uma distinção entre as
duas palavras para ensinar que existem dois aspectos na imagem de Deus,
nenhum contraste grande entre eles tem apoio na linguística. Os termos são
sinônimos potenciais/facultativos.
O uso ocasional dos dois termos juntos sugere um reforço de um
termo por sua associação com outro. Ao usar as duas palavras juntas, o
autor bíblico parece estar tentando expressar uma ideia muito difícil, na qual
deseja deixar claro que o homem, de alguma maneira, é o reflexo concreto
de Deus, mas, ao mesmo tempo, deseja espiritualizar isso, em direção à
abstração. Para os primeiros leitores, Gênesis 1:26 significava
simplesmente : “Façamos o homem como nós, para que nos represente”.
Como “imagem” e “semelhança” já carregavam esses
significados, as Escrituras não precisam dizer algo como : “O fato de ser o homem à imagem de Deus significa que o homem
é como Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral,
natureza espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar
decisões éticas, capacidade relacional e imortalidade.
Tal explicação é desnecessária, não só porque os termos tinham
significados claros, mas também porque nenhuma lista desse tipo faria
justiça ao tema: o texto precisa afirmar que o homem é como Deus, e o restante das Escrituras fornece mais detalhes que explicam esse ponto. De
fato, na leitura do restante da Bíblia, percebemos que uma compreensão da
plena semelhança do homem a Deus exigiria uma plena compreensão de
quem é Deus no seu ser e nos seus atos, e uma plena compreensão de
quem é o homem e o que faz.
Quanto mais sabemos sobre Deus e o homem, mais semelhanças
reconhecemos, e mais plenamente compreendemos o que as Escrituras
querem dizer ao afirmar que o homem existe à semelhança de Deus. A
expressão se refere a todo aspecto em que o homem é como Deus. Na
verdade, em toda a Escritura, o alvo do homem é o de ser semelhante a
Deus.
HOMEM X MULHER
Um dos aspectos da criação do ser humano à imagem de Deus
foi sua feitura como homem e mulher (Gênesis 1:27). O mesmo elo entre
criação à imagem de Deus e criação como homem e mulher se faz em
Gênesis 5:1-2. Embora a criação do ser humano como homem e mulher não
seja o único aspecto da nossa criação à imagem de Deus, ele é tão
significativo que as Escrituras o mencionam logo no mesmo versículo em
que descrevem a criação do homem por Deus.
Podemos resumir da seguinte maneira os aspectos segundo os quais a criação dos dois sexos representa algo da nossa criação à imagem de Deus : A criação do ser humano como homem e mulher revela a imagem de Deus em
(1) relações interpessoais harmoniosas
(2) igualdade em termos de pessoalidade e de importância e
(3) diferença de papéis e autoridade.
Podemos resumir da seguinte maneira os aspectos segundo os quais a criação dos dois sexos representa algo da nossa criação à imagem de Deus : A criação do ser humano como homem e mulher revela a imagem de Deus em
(1) relações interpessoais harmoniosas
(2) igualdade em termos de pessoalidade e de importância e
(3) diferença de papéis e autoridade.
EVOLUÇÃO
Em oposição à criação especial, surgiu e teoria da evolução
que ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em
uma só forma e que as espécies mais elevadas surgiram de uma
forma inferior.
Por exemplo, o que outrora era caramujo
transformou-se em peixe; o que era peixe chegou a ser réptil; o que
outrora era réptil tomou-se pássaro, e (para encurtar a história) o
que outrora era macaco evoluiu e tornou-se ser humano.
A teoria é
a seguinte: em tempos muito remotos apareceram a matéria e a
força — mas como e quando, a ciência não o sabe. Dentro da
matéria e da força surgiu uma célula viva — mas de onde ela
surgiu também ninguém sabe. Nessa célula havia uma centelha de vida, da qual se originaram todas as coisas vivas, desde o vegetal
até ao homem, sendo este desenvolvimento controlado por leis
inerentes.
Essas leis, em conexão com o meio ambiente, explicam a
origem das diversas espécies que têm existido e que existem,
incluindo o homem. De maneira que, segundo essa teoria, houve
uma ascensão gradual e constante desde as formas inferiores de
vida às formas mais elevadas até chegar ao homem.
Que constitui
uma espécie ? Uma classe de plantas ou animais que tenham
propriedades e características comuns, e que se possam propagar
indefinidamente sem mudarem essas características, constitui
espécie.
Uma espécie pode produzir uma variedade, isto é, uma ou
mais plantas ou animais isolados possuindo uma peculiaridade
acentuada que não seja comum à espécie em geral.
Por exemplo, um tipo especial de cavalo de corrida pode
ser produzido por processo especial; mas é sempre cavalo. Quando
se produz uma variedade e essa se perpetua por muitas
gerações temos uma raça. De maneira que na espécie canina (cão)
temos muitas raças que diferem consideravelmente uma das
outras; porém, todas retêm certas características que as marcam
como pertencentes à família dos cães.
Ao lermos que Deus fez cada
criatura segundo a sua espécie, não dizemos que Deus as fez
incapazes de se desenvolverem em variedades novas; queremos
dizer que ele criou cada espécie distinta e separada e colocou uma
barreira entre elas, de maneira que, por exemplo, um cavalo não se
deveria desenvolver de maneira que se transformasse em animal
que não seja cavalo.
Qual é a prova pela qual se conhece a distinção entre as
espécies ?
A prova é esta : Se os animais podem cruzar-se, e podem
produzir uma descendência fértil por tempo indefinido, então são
da mesma espécie; de outra maneira, não o são.
Por exemplo,
sabe-se que os cavalos e os jumentos são de diferentes espécies, e,
embora do cruzamento da égua com o jumento resulte a mula,
esta não tem a capacidade de gerar outra mula, ou seja, a espécie
mula. Este fato constitui argumento contra a teoria da evolução,
pois mostra claramente que Deus colocou uma barreira entre as
espécies para que uma espécie não se transforme em outra.
Define-se a ciência da seguinte maneira : "conhecimentos
comprovados". Será a evolução um fato comprovado ?
A teoria mais
propagada da evolução é a de Darwin. Entretanto, poderíamos
citar os nomes de muitos cientistas eminentes que declaram que a teoria de Darwin já caiu por faltas de provas.
O Dr.
Coppens escreve : Embora os cientistas hajam trabalhado muitos
anos pesquisando a terra e os mares, examinando os restos de
fósseis de um sem número de espécies de plantas e animais, e
tenham aplicado todo o gênio inventivo do homem para obter e
perpetuar novas raças e variedades, nunca conseguiram exibir
uma prova decisiva de que a transformação das espécies, pelo
menos uma vez, tenha sucedido.
Os animais de hoje são como os
que se vêem desenhados nas pirâmides ou mumificados nos
túmulos do Egito. São iguais àqueles que deixaram sua forma
fóssil nas rochas.
Muitas espécies já foram extintas, outras foram achadas
das quais não se descobriu nenhum espécime muito antigo; mas
não se pode provar que qualquer espécie tenha evoluído de outra.
Há um abismo intransponível entre os irracionais e o homem —
entre a forma mais elevada de animal e a forma inferior da vida
humana.
Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo,
emprega linguagem articulada, ou tem capacidade de conhecer as
coisas espirituais. Mas todas essas coisas encontram-se na
forma inferior de vida humana.
O macaco mais inteligente não
passa de um irracional; mas o espécime mais degradado do
homem continua sempre um ser humano.
Os evolucionistas
inventaram um tipo de criatura pelo qual o macaco passou para o
estágio humano. Esse é o tal "elo perdido" que se chama
"Pithecanthropus erectus". Onde está a evidência ?
Há anos alguns
ossos — dois dentes, um fêmur e uma parte de um crânio — foram
descobertos na ilha de Java. Com um pouco de
gesso reconstruíram o que dizem ser o elo perdido que une os
homens com a criação inferior ! Outros "elos" também se
fabricaram da mesma maneira.
Mas o Dr. Etheridge, examinador
do Museu Britânico, disse : "Em todo este grande museu não há
uma partícula de evidência da transmutação das espécies. Este
museu está cheio de provas da falsidade dessas idéias."
Nathan G.
Moore escreveu o que podemos chamar um "exame de
advogado"sobre a teoria da evolução. Seu livro baseia-se numa
avaliação dos fatos expostos em algumas das obras cientificas
mais recentes escritas em favor dessa teoria. Sendo ele advogado e
profissional nas leis da evidência, seu testemunho é de valor
prático. O propósito desse escritor é "comparar os fatos principais
e submeter ao juízo do leitor ponderado o seguinte :
Primeiro, se os
fatos provam ou não a hipótese (uma explicação suposta) de que o homem é produto da evolução em vez de ser criado.
E, segundo, se
existe ou não uma lei ou conjunto de leis que possam explicar as
evidências de modo natural.
Depois de um exame detalhado dos
fatos, esse advogado chegou às seguintes conclusões :
A teoria da
evolução não explica, nem ajuda a explicar, a origem do homem;
nem apresenta provas de que o homem tivesse evoluído de uma
forma inferior, mesmo fisicamente.
Essa teoria nem sequer sugere
um método pelo qual o homem tenha adquirido essas qualidades
mais elevadas que o distinguem das outras formas de vida.
Outro
advogado, Filipe Mauro, faz da seguinte maneira um resumo
das evidências apresentadas pelos proponentes da teoria da
evolução :
Imaginem um litigante em juízo a quem cabe o ônus da
prova. Ele insiste em que sua declaração está certa e exige
sentença favorável; mas não apresenta provas que sustentem as
suas alegações. Na verdade, toda a evidência apresentada em juízo
depõe contra ele. Ele exige, todavia, que a decisão seja favorável
por causa das seguintes suposições :
1) Que grande número de
provas, que já existiram (os "elos perdidos" etc.) foram totalmente
destruídas.
2) Se essas provas pudessem ser reproduzidas agora,
elas seriam a seu favor!
Tal é o estado absurdo de coisas em que a
teoria da evolução se encontra atualmente.
Os evolucionistas
procuram unir o homem ao irracional, mas Jesus Cristo veio ao
mundo para unir o homem a Deus. Ele tomou sobre si a nossa
natureza para poder glorificá-la no seu destino celestial.
"Mas a todos quantos o receberam,deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome"
(João 1:12).
Aqueles que participam de sua vida Divina chegam a ser
membros de uma nova e mais elevada raça — sim, filhos de Deus !
Porém, essa nova raça surgiu (o "homem novo" Efés. 2:15), não
porque a natureza humana evoluísse até à Divina, mas porque a
Divina penetrou na natureza humana. E àqueles que são
"participantes da natureza divina" (2 Ped. 1:4), João, o apóstolo,
diz: "Amados, agora somos filhos de Deus" (1 João 3:2).
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